Como é o Cabernet Sauvignon nos diferentes países

É tão costumeiro ouvirmos dos clientes que eles adoram o Cabernet dos EUA mas não apreciam o Cabernet argentino (ou vice versa) que decidi que nestas próximas duas semanas vou postar como é o aroma e sabor das uvas em cada país.  Estes posts podem ser considerados um guia de consulta rápida sobre como devem ser (estudado pelos especialistas).

Para vocês terem uma ideia, no fim dos anos 80 estudiosos já haviam identificado mais de 800 aromas  nos vinhos. Alguns cheiros estão presentes nas uva (são os aromas primários), outros se desenvolvem graças a fermentação alcoólica (aromas secundários), e há ainda aqueles que surgem durante a evolução do vinho (aromas terciários). É por isso que a mesma variedade pode exibir uma nota aromática característica independente do local onde ela é cultivada. Por outro lado, ela pode ser mais ou menos evidente e gerar diferentes nuances por causa de uma série de fatores. "Solo, subsolo, clima, decisões tomadas no vinhedo, além de quando e como colher" enumera o sommelier Dirceu Vianna Jr.

Vamos começar nosso Guia (despretencioso) pela Cabernet Sauvignon. Só não vale encarar as indicações como regras rígidas, pois a grande graça é você desenvolver o olfato e usar o nariz para tirar suas próprias conclusões.

França: Bordeaux, às margens do rio Geronde, sudoeste do país, é o berço dos clássicos Cabernet, e é nas zonas de Médoc e Graves que essa casta atua como protagonista. Em geral, produz vinhos suaves, equilibrados e minerais. "Ali ela é exuberante sugerindo cereja, framboesa, cassis e violeta, toques de especiarias, eucalipto e menta", enumera o sommelier Renato Frascino.O Cabernet francês mais encorpados e com característica de fruta madura vem do sudeste, da Provença, onde entra no blend com outras castas, principalmente a Syrah.
Nossa indicação:

Argentina: Em Mendoza, em zonas como Luján de Cuyo e Tupungato, apresenta característica minerais e um aroma complexo de frutas vermelhas, cassis, cacau e especiarias.
Nossa indicação: Vinho Angelica Zapata

Austrália: No nariz,salta a fruta madura e as notas de eucalipto. São assim os Cabernet produzido em Coonawarra, região conhecida pelos solos "terra rossa", barro sobre sua base de calcário, que proporciona boa drenagem.
Nossa indicação: Vinho Aangoves Bear Crossing

Chile: Na minha opinião, os melhores Cabernet do mundo, conjugam notas de frutas vermelha com tons herbáceos, que é a mistura perfeita
Nossa indicação: Vinho Viu Manent Gran Reserva

EUA: Na Califórnia são intensamente frutados e, às vezes, denotam no nariz uma qualidade mentolada ou terrosa.
Nossa indicação: Vinho Delicato

Itália: Ao se desenvolver na Toscana, criou os Supertoscanos (Cabernet Sauvignon e Sangiovese), acrescentando elegância, estrutura e corpo ao blend. A região produz tintos aromáticas, intensos e ricos.

NZ: Por causa do frio, o caráter herbáceo (o que não me agrada) fica muito evidente.
Nossa indicação: Vinho Matua

Brasil: Goiaba ou goiabada, eucalipto e mentol são alguns aromas relacionados aos vinhos Cabernet Sauvignon brasileiros. Na serra gaúcha e em Campos de clima da serra exibem aromas sutis de frutas vermelhas e vegetais. Já na Serra do Sudeste exalam cheiro de frutas do bosque,toques de chocolate e tabaco.
Nossa indicação: Vinho Salton

Até amanhã,

Dani