Como eu gosto de receber o Catálogo da Importadora Mistral, além de ser super ilustrativo, vem recheado de matérias e entrevistas muito interessantes.
Neste último catálogo que recebemos, na divisão sobre os vinhos portugueses, encontra-se esta excelente explicação sobre as 10 principais Uvas Portuguesas, eu achei válido compartilhar com vocês, afinal, elas são bem distintas das cepas que costumam estampar a maioria dos rótulos né?
Sou grande apreciadora dos vinhos portugueses e meu corte preferido é Trincadeira, Aragonês e Castelão, eles são encorpados na medida certa, sem perder o "veludo" no momento de degustação.
E vocês, o que acham dos vinhos portugueses?
E vocês, o que acham dos vinhos portugueses?
Alfrocheiro – Bastante comum no Dão, a
Alfrocheiro aparece também em tintos de outras regiões. É uma uva nobre que
confere boa concentração de cor, taninos finos, acidez viva e notas de frutas
vermelhas maduras aos seus vinhos.
Alvarinho – Uma das mais preciosas uvas brancas
cultivadas em Portugal, a Alvarinho compõe Vinhos Verdes elogiados – ricos e
estruturados, repletos de aromas florais e frutados, como notas de tília,
madressilva, pêssego, maçã, frutas cítricas e tropicais, além de ótima acidez.
Na Espanha essa casta é conhecida como Albariño.
Arinto/Pedernã – Muito versátil, a Arinto está
presente nas diversas zonas vitivinícolas portuguesas. Na região dos Vinhos
Verdes é chamada de Pedernã. Origina vinhos com notas de frutas cítricas,
toques de mineralidade e ótima acidez, prometendo um bom envelhecimento em
garrafa.
Baga – A famosa uva tinta da Bairrada é
caprichosa. Com predisposição ao apodrecimento, pode gerar tintos rústicos e
pouco interessantes. Mas ao amadurecer corretamente, origina vinhos
surpreendentes, de grande estrutura, taninos robustos, perfeitos para maturar
na garrafa. Produz aromas singulares de fruta silvestre, ameixa, tabaco e café.
Castelão – Capaz de se adaptar em diferentes
condições, é a uva tinta mais cultivada em Portugal, sendo mais comum nos
vinhedos do centro-sul do país. Gera vinhos intensos e carnudos, com aromas de
frutas vermelhas e silvestres e grande potencial de guarda.
Encruzado – Encontrada principalmente na região
do Dão, é uma uva branca cheia de personalidade, capaz de gerar vinhos
delicados, muito sedutores e elegantes e bastante persistentes. Notas de
pimenta verde, rosa, violeta, frutos cítricos e minerais estão presentes nos
brancos jovens. Os vinhos à base de Encruzado também demonstram um grande
potencial de guarda.
Fernão Pires / Maria
Gomes – Uma das
castas mais plantadas em Portugal, conhecida como Maria Gomes na Bairrada. A
marca registrada da Fernão Pires são as notas florais bastante cativantes. De
média a baixa acidez, ele gera brancos fáceis de beber. Também é utilizada na
elaboração de espumantes.
Tinta Roriz / Aragonez – No norte do país é chamada de Tinta
Roriz, no sul, de Aragonez, e na vizinha Espanha, atende por Tempranillo. Esta
casta tinta costuma entrar em cortes de vinhos classudos, garantindo boa
concentração de fruta vermelha, além de taninos firmes.
Touriga Nacional – Nativa do Dão, mas presente
atualmente em todas as regiões do país, esta uva tinta é considerada a rainha
das castas portuguesas, capaz de gerar vinhos incomparáveis, com aromas
florais, de frutas negras e mentolado e um paladar encorpado.
Trincadeira / Tinta
Amarela – Esta uva
tinta prefere zonas quentes, secas e cheias de luz, como o Alentejo. Mas é
ardilosa, de produtividade irregular. Nos bons anos gera grandes tintos, com
excelente acidez, taninos suaves e aromas marcantes de ameixa, amora e
especiarias. Costuma entrar em lotes com Aragonez no Alentejo e a Touriga
Nacional no Douro.
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