quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Como Degustar e Apreciar o Vinho

Atendendo a pedidos, hoje vamos falar da etiqueta no mundo dos vinhos. Acredito que é dúvida de muitos, afinal, quando participamos de uma degustação profissional precisamos saber algumas coisas básicas pra não nos destoramos da maioria, e consequentemente não cometer gafes.

Então, vamos as 3 regras básicas:

1° - Sirva-se de uma amostra, nada mais do que um quarto da taça, para a degustação. Primeiro, verifique se o vinho está limpido (turvidade ou efervescência indica um defeito) e observe quão intensa é a cor (quanto mais intensa a cor tinta, mais jovem é o vinho e/ou de pele mais grossa são suas uvas). Os vinhos tintos se tornam pálidos com a idade, enquanto os brancos, mais profundos. Incline a taça para longe e observe a cor no meio do líquido e na borda. Todos os vinhos tornam-se lentamente marrom com a idade e a borda é o primeiro local em que qualquer cor alaranjada é observável em um tinto. Os vinhos tintos jovens são mais azuis-arroxeados do que alaranjados. Os tintos velhos perdem completamente a cor na borda.
Quanto mais brilhante a cor e mais sutis suas diferentes gradações, melhor o vinho.
Este passo é o visual, e em uma degustação normal pode demorar 2 minutos para as anotações gerais.


2° - Dê uma inalada com toda a sua concentração, em seguida, gire o vinho dentro da taça e inale mais uma vez. Quanto mais forte a impressão, mais intenso o aroma ou buquê. Um vinho sutil e maduro pode necessitar ser girado para que desprenda algum aroma. Se estiver degustando as cegas, este é o momento que pede uma grande memória intuitiva, alguma relação com algo armazenado em seu banco de lembranças degustativas. Se estiver degustando para avaliar o vinho, observe se ele tem um aroma limpído e intenso, e qual a lembrança que seu aroma provoca. É muito mais fácil lembrar-se de um aroma se puder associar palavras a ele. Enquanto estiver degustando ou bebendo o vinho, observe como o aroma se modifica. Os bons vinhos tendem a se tornar mais interessante com o tempo, o que não acontece com a maioria dos vinhos comerciais mais baratos. Uma porcentagem   bem pequena da população é anósmica, incapaz por alguma razão física de usar o olfato plenamente.

3° - Este estágio consiste em dar um bom gole de vinho, expondo-o às papilas gustativas distribuídas na língua e dentro das bochechas. Se o nariz é melhor para sentir os sabores sutis de um vinho, a água é melhor para medir seus constiuintes: a ponta da língua, em geral para o doce, as laterais superiores para a importante acidez e o fundo da língua para o amargo, as bochechas para os taninos secos e a entrada da garganta para qualquer excesso de álcool que causa queimação. Assim que um gole tenha sido ingerido ou, por profissionais, cuspido pode-se julgar se todos esses elementos estão em equilíbrio e sua persistência no palato - um bom indicador da qualidade. Neste estágio, o vinho pode ser julgado, possivelmente até a identificado em sua plenitude.

       

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