Alma Negra Misterio: Uvas Reveladas

Terça-feira passada fomos em um mega degustação da Importadora Mistral em São Paulo. Fiquei pasma com o tanto de vinhos que eles importam, têm de todas as nacionalidades possíveis, me surpreendi com os vinhos húngaros, libaneses, israelenses, gregos. Quero trazer alguns pra cá. Aguardem novidades! Provei também algums Champagnes famosérrimos, até aquele que o Principe Willian serviu em seu casamento. Enfim, foi uma excelente experiência. Adorei!


Bom, mas o assunto o outro. É que desde o dia que recebemos o convite do querido Nilsinho já sabia que ia até o stand do Ernesto Catena perguntar qual ou quais as uvas são utilizada para fazer o vinho argentino Alma Negra Mistério.


A definição no próprio site da Mistral é esta:

"Alma Negra é um delicioso "corte secreto" de Tikal, que não revela quais uvas ou qual a proporção que entra neste intrigante blend. O bouquet é exuberante e exótico, enquanto no palato mostra-se macio e intenso, com personalidade bastante peculiar"

Bom, as uvas foram reveladas, mas a proporção ainda não. Alguém tem algum palpite?


1) Uva Bonarda: Esta cepa não é tão conhecida como as outras, não é a toa que não achei a descrição dela em nenhum livro que eu tenho ( e olha que não são poucos), apesar de ser a segunda uva mais cultivada na Argentina (16 mil hectares, sendo 9 deles em Mendoza).
Quando tudo acontece a favor desta cepa, ela produz vinhos frescos, com acidez vibrante, sobressaindo frutas secas e têm taninos suaves. Entretanto, quando as uvas não amadurecem o suficiente (e ela tem um longo ciclo de amadurecimento), produz vinhos pálidos e sem graças. Há um certo preconceito em relação a ela, e sendo bem maliciosa (e pensando alto), Ernesto Catena pode ter denominado como Misterio este vinho pois sabia que se tivesse colocado a "verdadeira identidade" talvez não fizesse o tremendo sucesso que faz.


2) Uva Malbec:  Na argentina é uma uva rica e concentrada, na minha opinião é a maior expressão de lá. Alguns especialistas dizem que esta cepa é um enigma, pois por muito tempo foi considerada uma uva para misturas (principalmente no sudoeste da França), mas em Mendoza produz vinhos varietais gloriosamente aveludados, concentrados, vivazes e com alto teor alcoólico.


Este é o vinho de que estamos falando. Eu provei e amei! Para Robert Parker ele tem excelente "pegada" e profundidade. Concordam?

Nosso Preço: R$ 67,50

Até amanhã,

Dani