segunda-feira, 9 de abril de 2012

LEGISLAÇÃO VINÍCOLA ESPANHOLA

Boa noite,
Esta semana vou fazer posts temáticos, e o assunto escolhido, ou melhor, o país escolhido foi a Espanha.
Hoje falaremos sobre ela no modo geral, enfatizando a legislação vinícola espanhola, amanhã teremos a sessão “decodificando rótulos”, quarta a receita do dia espanhola, etc...
Bom, para iniciarmos cumpre falar que a Espanha é o segundo país vinicultor mais antigo da Europa Ocidental, e o vinho típico é o tinto feito da cepa Tempranillo, com sabor de morango ou framboesa e um toque de carvalho tostado, que conquistou fama internacional. Cabernet Sauvignon e Merlots frescos e acerejados estão fazendo bonito no país. Sauvignon Blanc é a cepa branca candidata ao título de clássica espanhola com vinhos frescos, vivos e cristalinos.
Bom, em relação ao nosso assunto principal, a legislação vinícola espanhola foi toda reformulada em 2003, tornando mais rígidas as categorias existentes e introduzindo duas novas: DO Pago e VCIG, vamos entender o significado de cada uma delas:
Denominación de Origen de Pago (DO Pago) -> Pequena categoria reservada aos melhores vinhos de propriedades individuais com histórico de qualidade.
Denominación de Origen Calificada (DOCa) -> Vinhos de alta qualidade constante que consigam manter o padrão há pelo menos 10 anos.
Denominación de Origen (DO) -> Indica vinhos de uma região feitos de acordo com as leis locais. A qualidade pode variar, mas o estilo deve representar sua região. Esta categoria e as duas acima são controladas pelo consejo regulador e um comitê independente.
Vino de Calidad com Indicación Geográfica (VCIG) -> Foi criado em 2003 e aplica-se a vinhos de bom desempenho que querem ser promovidos. Os vinhos podem candidatar-se a DO após o mínimo de 5 anos e são regulados pelo órgano de gestion.
Vino de La Tierra (VdIT) -> Vinhos regionais e são menos regulados que os DOs e VCIGs, e provenientes de áreas bem mais vastas.
Vino de Mesa (VdM) -> De acordo com a lei europeia, não pode indicar no rótulo a origem regional, a cepa, nem a safra.
Estas denominações (diferente dos dois países já discutidos: Itália e França) são bem seguras, já que a fiscalização é muito rígida, portanto, o nome do produtor, apesar de importante, não é o único fator para avaliarmos a qualidade do vinho.
Vinícola espanhola, na região de Ribera Del Duero




Um beijo,

Daniele

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