Recebi alguns emails pedindo uma ajudinha para entender os rótulos dos vinhos franceses.
Dei uma olhadinha na nossa estante de franceses e tentei captar o máximo de informações que as garrafas podem ofereer. Inclusive, amanhã, o post será sobre os rótulos, por isso vou esperar e-mails com as possíveis dúvidas e com os rótulos (scaneados ou do google, certo?)
Este post, bem como esse http://www.casapavanelli.blogspot.com.br/2012/03/como-ler-um-rotulo-italiano.html não têm a pretensão de esgotar qualquer assunto. A intenção é ajudar as pessoas (que ainda são a maioria) que se sentem totalmente perdidas frente a muitas garrafas, portanto, os posts são absolutamente superficiais e não abrangem as exceções, os detalhes, etc...
Agora, vamos lá:
Termos usuais:
Cave: adega
Crémant: vinho espumante que emprega o método tradicional
Cru: vinhedo
Grand Cru: vinhedo excelente
Récolte: safra
Sélection de grains nobles: tipo de vinho mais doce da Alsácia, feito de uvas afetadas por botritis
Vieilles vignes: vinhas velhas
Beaujolais: Área localizada no extremo Sul da Borgonha, a cepa tinta Gamay é responsável quase que exclusivamente pela região, gerando tintos frescos, frutados e fáceis de beber.
Chablis: Área localizada no extremo norte da Borgonha e produz exclusivamente vinho branco, muito vivo, seco e mineral. O Chablis é feito com Chardonnay cultivada em solo de argila e calcário em clima continental, conferindo austeridade.
Bourgnone Rouge: É o Borgonha tinto, feito através da instável e perfumada Pinot Noir e varia em nuança e sabor de acordo com o terroir borgonheses.
Mâconnais: Produz excelentes brancos frutados (Chardonnay) , já os tintos, resultado da Gamay são inferiores em qualidade e não podem competir com os melhores Beaujolais.
Pouilly-Fuissé: Os vinhedos ficam à beira de enormes penhascos, que ajudam capturar o calor e projetá-lo sobre as vinhas, assim as cepas Chardonnay cultivadas tendem a ser ricas e volumosas.
Côtes du Rhône: É uma região muito extensa que produz grande variedade de estilos, desde os vinhos leves e frutados aos ricos e cheios, com um adorável caratér de fruta escura. A principal cepa tinta é a Grenache , que representa 40% do plantio total.
Châteauneuf-du-Pape: É o maior vinhedo do vale do Rhône e deve seu nome à localidade que abrigou uma das residência do Papa. Produz vinhos quentes, generosos, potentes e repleto de frutas vermelhas, esse aclamado vinho tinto do Sul do Rhône reflete o clima mediterrâneo desse extenso distrito. São permitidas 13 uvas diferentes na mistura, mas é a Grenache que dá estrutura, apoiada por Syrah e Mouverdere.
Riesling alsaciano: É o rei dos vinhos brancos na Alsácia. Límpido e vívido, com buquê floral-cítrico que evolui em petróleo-mineral, é potente e encorpado.
Bordeaux: É mais do que uma região vinícola famosa, é um império do vinho. Para a maioria dos enófilos o seu forte são os vinhos tintos e são feitos da mistura de 3 cepas: Cabernet Sauvignon, Merlot e Cabernet Franc.
Bordeaux Supérieur: É predominantemente para vinhos tintos, exige um teor alcoólico de 10% e safra máxima um pouco menor, mas o mais importante é que os vinhos só podem ser distribuídos no mês de setembro seguinte à colheita, por isso tem um pouco mais de estrutura e volume que Bordeaux normal.
Sauternes: Localizado ao Sul de Bordeaux, o clima úmido favorece o botrítis, que naturalmente concentra as uvas Semillon, Sauvignon Blanc e Muscadelle, resultando um vinho branco rico, sensual, exótico, doce e opulento.
Aligoté: Recentemente melhorou-se à reputação do Aligoté, que amadurecido é refrescante, delicioso, refrescante e uma alternativa à onipresença do Chardonnay na Borgonha.
Belissíma paisagem em Bordeaux |
Espero que ajude a todos, principalmente a Cris e o Ronaldo que mandaram email :)
Beijos,
Daniele
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