segunda-feira, 7 de novembro de 2011

VINHOS, VEDANTES E VERDADES?

Uma das questões mais debatidas entre os profissionais do vinho é também uma das maiores polêmicas entre o público: a substituição das rolhas de cortiça por vedantes alternativos.

A maioria dos consumidores de vinho ainda tem grande resistência aos novos vedantes (fundamentalmente as tampas de rosca e as rolhas sintéticas), já que a tradição dita que são as rolhas de cortiça as melhores candidatas à vaga.
Vou tentar esclarecer alguns pontos obscuros sobre o assunto:

1) As rolhas de cortiça são um excelente vedante para as garrafas, desde que estejam em perfeitas condições. Como seu custo é muito alto e apenas as melhores rolhas têm pouco risco de afetar negativamente o vinho, provavelmente as veremos cada vez mais somente nos vinhos de altissímo padrão (e altissímo custo, por consequência).

2) Os maiores problemas das rolhas de cortiça são, justamente, seu alto custo e o risco de causarem o fenômeno que chamamos de bouchonée, que é uma espécie de contaminação do vinho causada principalmente pelo TCA´(já falamos disso em diversos posts).

3) As tampas de rosca vêm sendo consideradas alternativas mais efeciente para vedar as garrafas: são fáceis de manejar, evitam contaminação por TCA, são razoavelmente baratas e permitem que se feche novamente a garrafa sem esforço.

3) As rolhas sintéticas também são bastantes úteis: são mais baratas, não precisam de adaptações na linha de engarrafamento e não se contaminam. No entanto, a maioria delas tem uma vida útil muito limitada, o que impede que sejam usadas em vinhos capazes de evoluir com o tempo, os chamados "vinhos de guarda". São indicadas, portanto, para vinhos mais simples (digamos que para consumo em até 3 ou 4 anos), para que os protejam adequadamente sem encarecer desmedidamente o produto.

4) É claro que uma boa rolha, comprida, sólida e cara, é muito mais charmosa, mas bom mesmo é ir beber bem, gastando menos e sem risco que o vinho esteja estragado!

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